Entenda as formas de identificar e lidar com o transtorno de maneira mais saudável
Acúmulo de trabalho. Conflitos nos relacionamentos. Expectativas frustradas. Má alimentação. Tensão no trânsito. Medo da violência urbana. Há muito em nossa rotina que nos sobrecarrega e gera estresse. E não são poucas as pessoas afetadas por essa doença. De acordo com uma pesquisa feita pela International Stress Management Association (Isma – Brasil), o Brasil ocupa a segunda posição em um ranking com os dez países mais estressados do mundo. À nossa frente, apenas o Japão.
É por isso que é tão importante saber como identificar o estresse e, acima de tudo, tratar essa condição para melhorar a qualidade de vida.
Portanto, acompanhe o artigo de hoje e saiba mais sobre o transtorno.
De que forma definir o estresse?
O estresse é uma resposta do organismo a determinados estímulos que representam circunstâncias ameaçadoras. É uma resposta de preparação para a superação de uma ameaça imediata. Ou seja, o corpo vai estar preparado para auxiliar essa mente, esse cérebro, para ser possível realizar atividades que superem a ameaça, a adversidade.
Como o estresse pode afetar a saúde mental do paciente a longo prazo?
Ao deflagrar respostas contínuas de estresse, a pessoa começa a desenvolver o que chamamos de “estresse cronificado” — os especialistas nomeiam como um transtorno adaptativo: todos os dias, o corpo é convocado em uma reação importante de preparo, o que, a longo prazo, sobrecarrega e gera estafa. Em casos assim, é possível perceber no indivíduo o surgimento de alguns fenômenos em cinco ordens: sintomas depressivos, ansiosos, psicossomáticos, cognitivos e impulsivos.
Na dimensão de sintomas depressivos, o indivíduo se sente desanimado, desmotivado, triste e mais lento. Já na dimensão ansiosa, os sintomas incluem inquietação, preocupação excessiva, falta de ar, pressão no peito, sudorese, respiração curta e tremores.
Na dimensão psicossomática, o indivíduo pode manifestar sinais de tensão muscular, dores de cabeça, pernas pesadas, zumbidos, tonturas, desmaios, alterações gastrointestinais e alterações visuais. Os fenômenos da dimensão cognitiva, por sua vez, envolvem alterações na memória, perda de atenção e foco, enquanto que os sinais na dimensão impulsiva são irritabilidade, intolerância e abuso de substâncias.
Na dimensão cognitiva, o comprometimento de atenção e memórias são os mais frequentes, mas podem ocorrer certa confusão com dificuldades de organização.
Na esfera impulsiva, pavio curto, abuso de substâncias e aumento de ingesta alimentar com preferência por doces é presente.
Em que momento é possível constatar que o estresse está afetando negativamente a sua vida?
Primeiramente, é importante reforçar que o estresse é uma reação presente praticamente todos os dias da nossa vida. Em certa medida, é uma resposta natural de preparo para superarmos alguma ameaça.
No entanto, quando esse estresse pontual se transforma em um caso de “estresse cronificado”, é preciso ficar atento. É preciso identificar se esses sintomas de estresse estão afetando, por exemplo, a vida familiar, a rotina de trabalho, o tempo de autocuidado ou a disposição para sair. Em situações assim, o ideal é procurar ajuda profissional, pois a incidência do estresse está afetando negativamente esse indivíduo
Que estratégias posso utilizar para lidar com o estresse?
É fundamental identificar a presença do estresse. Em seguida, é importante contar com uma pessoa próxima, alguém com quem o indivíduo se sinta seguro, para que, em um diálogo, possa se estabelecer conexões de causa e consequência com os sinais do transtorno. A terceira estratégia é recorrer à literaturas que proporcionam autoconhecimento e manter contatos com quem tem disponibilidade para sugerir propostas concretas. Um quarto ponto seria a prática do autocuidado, com a responsabilização individual de sua saúde mental.
Colocando-se como protagonista para controle de sintomas e promoção de saúde mental, é possível priorizar o bem-estar e qualidade de vida com atividades e ações que permitam um estilo de vida generoso para superar dificuldades emocionais. Há, além disso, atividades que previnem o estresse e até mesmo reduzem os sintomas. São elas:
- Alimentação balanceada;
- Prática rotineira de atividades físicas;
- Controle do uso de substâncias;
- Boas noites de sono;
- Manter relacionamentos afetivamente significativos com encontros semanais;
- Fazer atividades ao ar livre, sob a luz solar.
De que maneira se pode diferenciar o estresse de outros transtornos?
Para diferenciar o estresse de outros transtornos, você precisa contar com o apoio de um psiquiatra. O profissional investigará todo o histórico do paciente, analisando elementos na rotina do indivíduo e ouvindo também familiares que o circundam. Além disso, um exame psíquico é realizado para, assim, rastrear sinais de uma cronicidade, de um fenômeno de longo prazo.
As consequências do estresse se restringem apenas ao cérebro?
Não. As consequências, de um modo geral, vão para além do cérebro: se propagam para todo o corpo, afetando as emoções e o lado psicológico, interferindo na capacidade humana de liberdade e escolha. Além do mais, o estresse pode se manifestar em quadros reumatológicos, alterações de níveis sanguíneos e outros sintomas, ou seja, há uma gama de repercussões negativas não só para o cérebro, mas para o corpo todo.
Fui diagnosticado com um quadro de estresse. E agora?
Primeiramente, busque uma ajuda profissional. Um acompanhamento especializado, pode ser o ponto de virada no combate ao estresse. Em muitos casos, o uso de medicações não é necessário. Além disso, você pode praticar o autocuidado e, de maneira assertiva, evitar gatilhos que despertam o estresse neste quadro prejudicial.
Nós sabemos como te ajudar!
Você se identificou com algum dos sintomas? Tem notado que anda mais estressado e preocupado do que o normal? Então, procure ajuda especializada! Conte com o suporte da psiquiatria da Clínica Dr. Nikolas Heine! Agende seu horário e receba todo apoio profissional para identificar e tratar o transtorno, melhorando sua qualidade de vida. Cuide-se!