Saúde mental com acolhimento e precisão

Consultas presenciais e online 

Nikolas Heine

Atendimento psiquiátrico didático, claro e resolutivo.

Meu nome é Nikolas Heine. Sou médico psiquiatra.

Nasci em São Paulo, filho de pai alemão e mãe brasileira. Cresci em uma casa onde conviviam a racionalidade e a sensibilidade, a reflexão profunda e a espontaneidade do cotidiano. Até os cinco anos vivi em São Paulo. Depois, minha infância e adolescência seguiram em Ilhabela, cercado pela natureza e pela simplicidade, antes de retornar à capital para cursar medicina — meu grande sonho desde jovem.

Sempre senti que minha missão era me dedicar ao outro. Mais do que aliviar o sofrimento, havia em mim um impulso de sair de mim mesmo, de estar a serviço — mesmo que isso exigisse renúncias. Desde cedo, acreditava que essa entrega ao outro era uma forma valiosa de viver, que dava sentido e propósito à existência.

Ao longo da faculdade, mergulhei nos mistérios da medicina com curiosidade — fascinado pela complexidade do corpo, mas também profundamente tocado pelas experiências humanas que a doença revela. A medicina me abriu portas para entrar em histórias de vida, para sentar — ainda que como um estranho — na sala de estar das pessoas e ouvir aquilo que, muitas vezes, ninguém mais ouve.

E foi justamente nesses encontros que descobri meu maior aprendizado: o que mais me ensinou sobre a vida veio das histórias que as pessoas compartilharam comigo. Cada paciente carrega uma sabedoria única, descoberta muitas vezes na dor, na superação ou na resiliência. Ter a chance de ouvir e aprender com essas experiências foi, e continua sendo, um privilégio que me transforma todos os dias.

Foi durante essa fase que enfrentei uma das perdas mais marcantes da minha vida: a morte do meu pai. Ele havia vencido um câncer e recebido alta, mas anos depois o tumor retornou — silencioso, escondido atrás da bexiga, em um local de difícil detecção. Quando descobrimos, o quadro já era muito avançado.

Busquei ajuda entre médicos e professores, tentando entender o que fazer. Recebi orientações técnicas, objetivas, sem espaço para as angústias emocionais que estavam transbordando. Senti o peso da frieza clínica. Vi o impacto disso em minha mãe — que, em um momento de desespero, exigiu do médico “o possível e o impossível”. E vi também o médico desorientado, buscando em mim — ainda estudante — algum tipo de estabilidade que ele não tinha naquele momento.

Ali eu compreendi algo que carrego até hoje: a doença não afeta apenas o corpo; ela atravessa relações, esperanças, memórias. E o médico se torna o depositário de uma carga que vai muito além da medicina técnica.

Precisei tomar decisões difíceis. E mesmo jovem, percebi que uma de minhas maiores forças era a estabilidade emocional. Essa capacidade de sustentar o outro no caos sem perder o eixo. Uma qualidade que se manteve constante na minha vida — e que hoje é essencial na minha prática clínica.

Na minha formação, percebi que muitas dores físicas não tinham causa orgânica clara. Vi isso dentro da minha própria casa. Vi isso nos hospitais. Eram sintomas reais — mas que vinham da alma, do ambiente, da sobrecarga emocional.

Minha mãe foi quem primeiro me ensinou isso. Professora, sensível, com dores recorrentes pelo corpo. Procurava médicos, fazia exames, buscava tratamento. Mas nunca melhorava de fato. O ortopedista que a acompanhava não dizia que era emocional — mas também não dizia que não era. Apenas mantinha o ciclo.

Um dia, em meio à minha rotina intensa de formação, ela me ligou chorando. Dizia que sentia dores por todo o corpo. Sugeri que fosse ao pronto-socorro. Ela recusou, dizendo que não suportaria enfrentar uma fila. Já fazia semanas que não nos víamos, e algo dentro de mim disse que havia mais ali.

Resolvi arriscar um blefe — para testar minha intuição. Disse a ela que um amigo médico estaria esperando por ela em um consultório a duas quadras da casa dela. E que ela deveria ir até lá.

Do outro lado da linha, silêncio.

E então veio a resposta:
“Você é um péssimo médico.”

Eu soube, naquele instante, que ela não falava com o médico — falava com o filho.

Mais tarde, depois do plantão, fui visitá-la. Conversamos por horas. Quando me preparava para sair, já noite adentro, me lembrei da razão da visita.

— Mãe, e a dor? Como está?

Ela fez uma pausa, e respondeu com simplicidade:
— A dor? Ah… passou. Passou. Deixa.

Aquilo me marcou profundamente. Porque o que havia passado não era apenas um sintoma físico. Era o vazio, a distância, a falta. Era a necessidade de ser ouvida. E me ensinou que nenhum remédio substitui o vínculo.

Anos depois, reencontrei o ortopedista que havia a acompanhado por tanto tempo. Conversamos. E ele me confidenciou:

“Eu sempre soube que era psicossomático. Mas segui ao lado dela porque entendi que minha função, além do vínculo, era garantir que, ao receber alta, ela não caísse nas mãos de alguém que pudesse indicar uma cirurgia desnecessária. Nem todo médico saberia discernir.”

Essa fala me ensinou algo essencial: às vezes, o cuidado mais responsável é silencioso. É não intervir. É proteger, mesmo quando não se pode curar. E foi mais uma lição que moldou a forma como vejo a medicina: como um espaço de escuta, presença e respeito profundo pela dor do outro.

Lembro também de um paciente que me marcou profundamente: um caminhoneiro que havia perdido o braço em um acidente. A dor física era real, mas o sofrimento maior estava na perda de sentido. Ele não lamentava apenas o trauma — lamentava não poder mais dirigir, não conseguir sustentar a família, não se sentir mais útil. Tentamos medicações, abordagens, conversas — nada parecia trazer alívio.

Um dia, cheguei para mais uma visita e o encontrei diferente: mais leve, quase alegre. Perguntei o que havia acontecido. Ele respondeu:
— Doutor, meu chefe vai usar um benefício PCD para comprar um caminhão adaptado. Eu vou poder voltar a trabalhar.

E completou:
— O que eu queria não era meu braço de volta. O que eu queria era voltar a viver. Voltar a ser pai, marido, homem que sustenta a casa.

Aquilo me tocou profundamente. Porque mais uma vez, a dor não estava no que faltava no corpo — mas no que estava suspenso na vida.

Hoje, sou pai — e essa experiência me mostrou algo que até então eu julgava impossível: amar alguém mais do que a si mesmo. Um tipo de amor que transforma a forma como se vive, como se escuta, como se cuida. Meu filho não apenas me trouxe propósito. Ele reconfigurou o centro da minha vida.

Também sou atleta de polo aquático desde a faculdade. A piscina, o sol, o esforço coletivo e a amizade verdadeira que o esporte proporciona são, para mim, mais que lazer — são formas de saúde e equilíbrio emocional. Cuidar de si, sentir o corpo em movimento, pertencer a um time… tudo isso me ensina, dia após dia, que viver bem também é construir vínculos fora do consultório.

Como psiquiatra, sigo profundamente comprometido com uma medicina que une ciência e empatia. Que reconhece que cada paciente traz não só um diagnóstico, mas uma história que merece ser ouvida, compreendida e respeitada.

Aqui na clínica, meu compromisso é oferecer um espaço seguro, ético, humano — onde você possa ser ouvido por inteiro, sem pressa, sem rótulos.

Seja bem-vindo(a).

Depoimentos

Sobre a clínica

Na Clínica Dr. Nikolas Heine, a psiquiatria nasce do encontro entre três grandes e necessárias dualidades — e não da escolha exclusiva de um dos lados. Aqui, reconhecemos que a complexidade da saúde mental exige técnica de ponta, ciência sólida e, ao mesmo tempo, relação humana profunda e comprometida.

De um lado, oferecemos terapias psiquiátricas avançadas — como cetamina, TMS, psilocibina e neurocirurgia funcional — com alto rigor técnico e base em evidência. Do outro, integramos essas abordagens a uma equipe multidisciplinar, com psicoterapia estruturada, escuta qualificada e continuidade de cuidado.

De um lado, atuamos com clareza no tratamento de transtornos mentais — quando o sofrimento já se tornou doença. Do outro, promovemos também a mudança de estilo de vida como forma de prevenção e transformação, permitindo que o paciente construa saúde e propósito antes que a dor o paralise.

E, talvez o mais essencial: de um lado, reconhecemos a importância da técnica, da medicação, da objetividade. Mas não esquecemos que, do outro lado, está sempre uma pessoa — não um caso clínico, não um objeto de intervenção, mas um sujeito que pensa, sente, sofre, sonha.

Nossa clínica nasce do esforço de integrar esses mundos — e não de fragmentá-los. Aqui, você não precisa escolher entre ciência e escuta, entre remédio e conversa, entre tecnologia e vínculo.

Porque tratar é mais do que intervir. É compreender. É caminhar ao lado.

Uma psiquiatria que não nega a técnica, mas a coloca a serviço da vida.

 

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